|

A Grande República do Leste Asiático é um Estado totalitário e militarista. Em conflito com o Império Americano, o país vive
em um regime isolacionista. Mas para os adolescentes em período escolar que moram na República do Leste Asiático, esta não é a maior das preocupações. O que realmente tira o sono dos alunos é uma experiência governamental conhecida como “O Programa”.

Todos os colégios participam de um sorteio, que escolhe uma classe inteira do último ano do ensino fundamental (equivalente à oitava série no Brasil). Os alunos são transportados para uma ilha deserta, cujos habitantes foram evacuados às presas para a experiência. Uma vez na ilha, os adolescentes têm um único objetivo: matar ou morrer até que sobre apenas um sobrevivente.

Cada aluno tem um colar explosivo afixado ao pescoço. Se em 24 horas ninguém morrer, todos os colares explodem. Os alunos também recebem uma sacola com um pouco de comida, um mapa e um artefato aleatório que pode ajudar na carnificina: uma pistola, uma foice, um radar, um colete à prova de balas ou um garfo.

Todos os 42 alunos do 3º ano B da Escola Jougan foram os selecionados para a nova edição do Programa. Isolados numa ilha desocupada, são apresentados às regras do jogo – e logo saem pela ilha para que a disputa comece. Porém, nem são todos que escolhem entrar no jogo. Enquanto alguns adolescentes começam com os assassinatos, outros decidem juntar-se e tentam fugir da ilha, uma tarefa difícil que custará muitas vidas.

A expressão “batlle royal” vêm da Roma antiga, e designava torneios entre três ou mais gladiadores que deveriam se enfrentar até que apenas um entre eles sobrevivesse. Com flashbacks apresentando os personagens e a temática de fuga de uma ilha misteriosa, Battle Royale cria um clima semelhante ao do seriado Lost ou mesmo ao do livro O Senhor das Moscas, de William Golding. Outra comparação pode ser feita entre o governo da Grande República do Leste Asiático e o Estado totalitário apresentado por George Orwell em 1984.

Os conflitos em Battle Royale não se resumem às batalhas e assassinatos, mas também a questões afetivas e éticas – namorado contra namorada, amigo de infância contra amigo de infância, e a pergunta mais necessária: o quão longe você iria para garantir a própria vida?